Escolas estaduais trabalham para potencializar aprendizagem dos estudantes
Profissionais definirão estratégias; iniciativa reduz desigualdade educacional
Por meio das Subsecretarias Regionais de Educação, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) dará início, a partir desta segunda-feira (17/06), em todas as escolas da rede pública estadual, ao “Período de Intensificação da Aprendizagem”, uma oportunidade - após cumpridas todas as demais estratégias de ensino - para que o estudante receba o acompanhamento de que precisa, em salas temáticas, em reagrupamentos e com tratamento individualizado.
Ou seja, as escolas concentram esforços nos últimos dias letivos deste semestre para atender exatamente às demandas dos alunos com vistas a garantir o direito à aprendizagem. Em outras palavras, uma iniciativa que também colabora para reduzir a desigualdade educacional entre as escolas.
Como funciona
A partir das freqüentes avaliações, como as Diagnósticas, a unidade educacional consegue identificar a demanda de cada aluno em cada disciplina. Assim, o horário da escola será remanejado, a partir desta semana, com foco nas necessidades dos estudantes. Aqueles que não estiverem com desempenho satisfatório em Matemática e Física, por exemplo, terão mais aulas destas disciplinas.
A orientação da Superintendência de Inteligência Pedagógica e Formação da Seduc é que o reagrupamento dos alunos seja feito a partir das disciplinas, da série e do turno. E se necessário for, o horário escolar tradicional deve ser alterado, inclusive reorganizado de tal forma que sejam dadas duas aulas seguidas de cada disciplina - uma espécie de “aulão” com duração de uma hora e quarenta minutos. A Secretaria de Educação oferece à rede todas as orientações e também todo o suporte para que as unidades educacionais executem, da melhor forma possível, este projeto. Cada escola tem autonomia para definir como reorganizará os horários de aula para o atendimento com foco nos conteúdos e nas disciplinas que os alunos apresentam mais dificuldades. Assim, todas as decisões que envolvem a realização do “Período de Intensificação da Aprendizagem” devem ser deliberadas e planejadas pelo Conselho de Classe, que irá definir os critérios para a execução.
A Seduc também sugere às escolas a organização de salas temáticas. Um professor de Química, utilizando uma sala de aula comum ou mesmo o laboratório da escola, reúne em torno de si equipamentos e material didático que vão enriquecer suas aulas. O mesmo pode acontecer com a aula de Língua Portuguesa ou de qualquer outra disciplina. O professor fica sempre na mesma sala e o aluno, em cada horário, é que muda de sala. Muitas escolas - inclusive as de Ensino Médio em Tempo Integral - já trabalham nesta perspectiva e o retorno tem sido bastante significativo.
Além desta estratégia de reorganização do espaço escolar, a Seduc recomenda também que a escola incentive os alunos que apresentam rendimento satisfatório a auxiliar os demais colegas por meio do trabalho de monitoria, que poderá ocorrer junto com a aula do professor e/ou no contraturno. “É uma ótima oportunidade de socialização do conhecimento e troca de experiências entre os estudantes. Todos se sentem úteis e percebem que podem ensinar e aprender”, diz o superintendente.
Superintendente de Inteligência Pedagógica e Formação, o professor Raph Gomes avalia que este “Período de Intensificação da Aprendizagem” é uma oportunidade dada ao aluno que está em iminência de reprovação ou progressão parcial (aquele estudante que vai para a série seguinte “devendo” uma ou duas disciplinas) ou que abandonou a escola recentemente – o que demandará, neste caso, uma análise mais precisa do Conselho de Classe.
Tutores pedagógicos e coordenadores pedagógicos têm papel fundamental na viabilização do “Período de Intensificação da Aprendizagem”, dando aos professores todo o suporte necessário. Muitas das estratégias direcionadas a este projeto já são utilizadas pelas unidades educacionais da rede estadual. Desta vez, porém, este período passa a ser uma ação institucional da Seduc, em observância até mesmo à legislação brasileira, com a devida autonomia para as escolas e seus Conselhos Escolares.
Mais informações: Núcleo Pedagógico das Subsecretarias Regionais de Educação ou diretamente com a Superintendência de Inteligência Pedagógica e Formação da Seduc.
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