segunda-feira, 27 de junho de 2011

Governo do Estado e Seduc oficializam programa de bônus para professores da rede estadual

 

Assiduidade será considerada para a concessão do benefício de até R$ 1.500

O governador Marconi Perillo e o secretário da Educação, Thiago Peixoto, apresentaram nesta quarta-feira (22), no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico, o Programa Reconhecer – Estímulo à Regência, que tem como objetivo valorizar o professor que está em sala de aula e, assim, elevar o nível da qualidade do ensino oferecido na rede estadual. Com a medida, esse profissional poderá receber em dezembro deste ano um bônus de até R$ 1.500, de acordo com sua carga horária de trabalho.

“É na sala de aula que crianças e jovens encontram oportunidades de crescimento intelectual e desenvolvimento social; a sala de aula é o lugar mais importante para a Educação, e é preciso estimular o professor, este importante profissional que todos os dias contribui para o futuro desses estudantes”, destacou Thiago no evento.

Com o programa, serão beneficiados os professores efetivos da rede estadual que estejam desempenhando função em sala de aula em escola regular a partir de 1º de agosto até 30 de dezembro, num total de 100 dias letivos. A assiduidade do professor, que será avaliada para a concessão do bônus, é de responsabilidade do diretor da unidade escolar e terá auditoria permanente da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Aliás, o diretor é quem irá atestar a assiduidade dos docentes. Ele também será responsável por afixar em local público, na própria escola, um quadro de frequência mensal em folha padronizada pela secretaria para controle social. Constatada qualquer fraude, todos os docentes da unidade escolar em questão perderão o direito ao bônus, que será dado anualmente e não será incorporado ao salário.

Correção de distorção histórica

O secretário Thiago Peixoto explicou que, no início de 2011, quando assumiu a pasta, de um total de 29 mil professores da rede estadual, 14 mil estavam afastados da sala de aula à disposição de outros órgãos e governos ou exercendo outras funções. Para ele, o Programa Reconhecer – Estímulo à Regência, vai contribuir para corrigir estas distorções. “A situação que encontramos prejudica o estudante e o desempenho do Estado na Educação. É preciso que o professor retorne à sala de aula, e para isso é preciso reconhecer a importância do seu trabalho e valorizá-lo”, afirmou.

Thiago Peixoto afirmou ainda que já está em estudo a criação de um índice próprio de desenvolvimento da educação goiana, que irá avaliar o desempenho do aluno. De acordo com Thiago, a idéia é que esse índice também seja utilizado futuramente como critério para a concessão do bônus para professores.

“Não podemos aceitar que o estudante passe 12 anos na escola e saia de lá sem o aprendizado adequado. Hoje, 95% dos estudantes que concluem o Ensino Médio não têm conhecimento satisfatório de Matemática”, alertou o secretário, que destacou ainda que o Programa Reconhecer – Estímulo à Regência é uma das ações que integram a reforma educacional que está sendo formatada para o Estado e cujas diretrizes serão apresentadas em agosto. “Queremos que Goiás seja referência nacional em qualidade da educação e estamos trabalhando para isso”, reforçou.

SAIBA MAIS

Para professores com carga horária de 40 horas/aulas semanais, o bônus será pago da seguinte forma:

até 1% de falta (até 6 aulas): 100% do bônus
entre 1,01% e 2% de falta (de 7 a 12 aulas): 85% do bônus
entre 2,01% e 3% de falta (de 13 a 18 aulas): 70% do bônus
entre 3,01% e 4% de falta (de 19 a 24 aulas): 55% do bônus
entre 4,01% e 5% de falta (de 25 a 30 aulas): 40% do bônus
acima de 5% de falta (acima de 30 aulas): não receberá o bônus

Para as demais cargas horárias, o bônus será pago proporcionalmente. Vale ressaltar que as faltas acima incluem aquelas abonadas por atestado médico. Casos de afastamento por razões de saúde, com aval da junta médica oficial do Estado, não contarão como faltas para a escala de premiação.


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