quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dicas da nossa Língua...


Você está por dentro do Novo Acordo?



Se você nunca decorou as regrinhas  de hífen, segue uma boa notícia: Esqueça porque existem novas agora!
As mudanças mais significativas  do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portugues alteram a acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema e sistematiza a utilização do hífen. No Brasil, as alterações atingem aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais países, que adotam a ortografia de Portugal, o percentual é de 1,6%.
Vamos ver quais palavras mudam:
  • pára (do verbo parar) e para (preposição)
  • péla (do verbo pelar) e pela (união da preposição com o artigo)
  • pólo (substantivo) e polo (uma forma quase em desuso que une por e lo)
  • pélo (do verbo pelar) e pêlo (substantivo)
  • pêra (o substantivo) e péra (um substantivo em desuso que significa pedra), em oposição a pera (uma preposição que também não se usa mais, que significa para)
É mais importante saber as duas primeiras,  que são bastante usadas, o resto não faz tanto sentido. Vamos ver duas exceções:
  • pôr (verbo) matém o acento circunflexo para não ser confundido com a preposição por
  • pôde (o verbo no passado) continua com acento para não ser confundido com pode (verbo no presente)
Além disso, nas palavras fôrma e forma o acento é facultativo.
No dia 12 de janeiro, a Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou novas definições sobre o uso do hífen. Veja o arquivo aqui (ele está em pdf). Se quiser um guia mais completo clique aqui.

 

Dia-a-dia ou dia a dia? Como fica a expressão no novo acordo

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O brasileiro gosta de falar da sua rotina, do seu trabalho, do seu dia a dia (ou dia-a-dia?).  Se fosse antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o certo seria grafar a expressão com hífen. Mas, pela nova regra, o hífen não é mais exigido nas palavras compostas que têm entre os termos um elemento de ligação (preposição, artigo ou pronome).
Ex.:

Gosto de trabalhar, mas o dia a dia daquela empresa me mata! 

Assim como a expressão “dia a dia”, muitas outras expressões já tradicionais na língua portuguesa perderam o hífen.
Confira: corpo a corpo (substantivo e advérbio), passo a passo (substantivo e advérbio), arco e flecha, general de divisão, lua de mel, pé de moleque, ponto e vírgula, não me toques (melindres), um disse me disse, um deus nos acuda, um(a) maria vai com as outras, um pega pra capar, carne de sol, dor de cotovelo, pau de sebo, (um) faz de conta, queda de braço, (forró/trio) pé de serra, fim de semana, bicho de sete cabeças, mão de obra, quarta de final e dia a dia (substantivo e advérbio).
Atenção às exceções! Sempre elas…
1) água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia (as economias de uma pessoa), ao deus-dará e à queima-roupa;

2) os nomes de espécies botânicas e zoológicas, como andorinha-do-mar, bem-te-vi, cana-de-açúcar, coco-da-baía, dente-de-leão, feijão-carioca, feijão-verde, joão-de-barro, limão-taiti e mamão-havaí;
3) os adjetivos pátrios derivados de topônimos compostos, como cruzeirense-do-sul, florentino-do-piauí e mato-grossense-do-sul.


Veja também:
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Tão somente ou tão-somente? As locuções no Novo Acordo
Dentro da reforma ortográfica, como se escreve a palavra MINICURSO: junto, separado ou com hífen?
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