Entrevista do autor Waldir Pedro para a revista Filosofia - Ciência e Vida
Pedro é autor
dos livros: Em Busca da Transformação, Dinâmicas para
Aulas de Filosofia e da Coleção
Cidadania Vem de Berço.
FILOSOFIA PARA
TRANSGREDIR
Revista Filosofia – Ciência
& Vida - Edição agosto – número 73
Entrevista ao jornalista
Lucas Vasques
Com o título Em Busca da Transformação – a
Filosofia pode mudar sua vida, o filósofo Waldir Pedro procura mostrar que é
possível despertar nos jovens o prazer de começar uma procura pelo conhecimento.
Mas como conseguir isso por intermédio da Filosofia? “O primeiro passo é deixar
os alunos encantados com as possibilidades que o pensamento crítico traz para
suas vidas”, afirma ele.
E é justamente essa a missão da Filosofia, na
avaliação de Pedro. Ele faz questão de ressaltar que desenvolver o espírito
crítico é fundamental. Para o filósofo, a reflexão dos pensadores se materializa
quando todos participam do momento histórico. O professor de Filosofia deve
fomentar esse lado transgressor do jovem. “Temas atuais como o chamado kit gay,
o mensalão, a corrupção, a coisa pública, o papel do jovem e as drogas podem
acompanhar facilmente o pensamento filosófico. O jornal pode ser o melhor livro
didático em sala de aula.”
Waldir Pedro também é jornalista. Nasceu em São
Paulo e, ainda criança, mudou-se para São Vicente, no litoral paulista.
Trabalhou em artes gráficas e, jovem, montou uma livraria, que se transformou
rapidamente em ponto de encontro de poetas e intelectuais da região. Estudou
Filosofia e Jornalismo em Santos. Atualmente é editor-chefe da Editora Wak. Veja
os principais trechos da conversa realizada com ele.
- Em seu livro, você defende uma forma leve e
literária para o aprendizado da Filosofia. Por outro lado, a Filosofia
carrega o estigma de ser uma matéria exclusivamente teórica. Como conciliar a
complexidade da disciplina com a necessidade de tornar esse conhecimento
prático?
O livro foi pensado para alunos do Ensino Médio,
embora esteja recebendo muitos retornos de outros segmentos, inclusive da
Educação de Adultos. Quando comecei a trabalhar nos textos, meu objetivo era
sensibilizar os jovens para a importância da Filosofia.
Estamos falando de uma matéria que dificilmente
reprova e, para o senso comum, tem o estigma de não servir para nada. Então,
como despertar o gosto para que o jovem se sinta atraído pelo pensamento
filosófico?
O professor de qualquer disciplina tem de ter a
noção de quando passar para a próxima etapa. Se você ensina violão, por exemplo,
sabe quando o seu aluno pode passar para outro ritmo e a hora de aprofundar o
estudo.
O professor de Filosofia por ficar muito na
pesquisa, às vezes, tem dificuldade de passar o conhecimento filosófico, achando
que está descendo o nível da pesquisa.
Precisamos entender que o aluno do Ensino Médio não
pediu aulas de Filosofia, nós lutamos para introduzir no currículo essa
disciplina e, agora, temos a obrigação de dizer a eles por que as aulas de
Filosofia têm importância. O primeiro passo é deixá-los encantados com as
possibilidades que o pensamento crítico traz para suas vidas.
Quando o aluno estiver encantado, fica mais fácil o
mestre ir conduzindo aos textos ditos mais densos, mas isso deve se dar passo a
passo, e o professor deve analisar o momento certo.
- Dado o deficit educacional e cultural que assistimos
sistematicamente durante
os anos, como seria a
forma ideal de inserir a Filosofia na vida dos alunos, já que afirma que ela voltou de forma tímida após a
ditadura?
Esse deficit educacional faz com que o professor de Filosofia
trabalhe mais a interdisciplinaridade para o êxito de suas aulas. A começar por
trabalhar com o professor de Português para despertar no jovem o gosto pela
leitura.
Junto a isso, o professor de Filosofia tem a
obrigação de fazer com os alunos a crítica ao próprio sistema de ensino e
mostrar a eles a quem interessa um nível tão baixo da educação e que eles são os
principais prejudicados por essa situação.
Quando digo que ela voltou de forma tímida, não é
uma crítica aos atuais professores, apenas para pensarmos juntos os motivos que
lutamos tanto para a volta da Filosofia aos bancos escolares. Com certeza, não
foi para passar a teoria, mas para dar ao ensino brasileiro um espaço para o
pensar. O que proponho, com isso, não seria ensinar Filosofia, mas dar um espaço
para filosofar. Fazer o aluno parar e ter um momento interno para
reflexão.
- Como você vê o ensino da Filosofia nas escolas
atualmente?
As faculdades de Filosofia formam poucos
profissionais e muitos não se formam com a intenção de trabalhar em sala de
aula.
Professores de outras disciplinas estão ministrando
as aulas de Filosofia no Ensino Médio.
Quando isso acontece, a tendência é trabalhar mais
a história da Filosofia e alguns conceitos do que propriamente dar elementos aos
estudantes para formação do espírito crítico.
Por enquanto, não consigo ler nenhuma matéria nos
jornais de escola afastando professores de Filosofia ou tentando tirar a
disciplina do currículo, deve ser por ela ainda não estar incomodando
ninguém.
A Filosofia tem de transgredir, precisa tocar a
ferida em tudo que acontece na nossa sociedade. A reflexão dos pensadores se
materializa quando participamos do nosso momento histórico. O professor de
Filosofia deve fomentar esse lado transgressor do jovem.
Temas atuais como o chamado “kit gay”, mensalão,
corrupção, coisa pública, papel do jovem, drogas são temas que podem acompanhar
facilmente com o pensamento filosófico.
O jornal pode ser o melhor livro didático em sala
de aula.
- A sua proposta sobre o uso da Filosofia
prática nem sempre coincide com a visão acadêmica de grandes universidades. A
formação dos filósofos e
professores, aqueles que
vão ministrar a disciplina, a seu ver, é condizente com o que propõe para o ensino da
Filosofia?
Não proponho uma Filosofia prática, mas sim
práticas para filosofar. Em meu novo livro “Dinâmicas para aulas de Filosofia”,
faço algumas sugestões de atividades para que o professor comece a entrar no
tema.
Quando estamos no dia a dia da sala de aula, a
prática exige que nos afastemos um pouco do modo acadêmico de pensar as aulas,
pois meu público é outro.
Não estou ministrando aulas para pessoas que estão
interessadas no assunto e tem a disposição de entrar nesse mundo das ideias. Meu
público é outro.
A visão acadêmica fica bem dentro da academia.
Quando se está diante de uma sala de aula com 40 jovens à sua frente, a melhor
referência é o apresentador Chacrinha que nos ensina que, para transmitir algo,
precisamos primeiro saber como se comunicar.
- Você analisa as diferenças entre o que é ser
erudito, intelectual e sábio. Poderia destacá-las?
Não precisa de muita definição para brincarmos com
esses conceitos, basta olharmos ao nosso redor que tudo fica muito
evidenciado.Grandes ditadores estão sempre acompanhados por
pessoas eruditas, tem o poder judiciário em suas mãos. Muitos assassinatos na humanidade foram respaldados
por grandes intelectuais. A inteligência não é garantia nenhuma para um
caminho seguro.G randes partidos políticos fazem atrocidades e têm
ao seu redor um leque vastíssimo de intelectuais. A sapiência é um dom maior. O mestre sabe apurar as
informações e transformá-las em vivência, tem o dom da sensatez.
- Você diz também que a Filosofia pode servir de
guia para a transformação interior e sugere que o “conhece-te a ti mesmo”,
proferido a Sócrates, é uma síntese da existência da Filosofia. De que forma
esse conhecimento pode,
efetivamente, ajudar na
busca por uma vida menos angustiada?
Vou citar um exemplo usado por alguns
existencialistas. No deserto, para espantar os lobos, os homens batem panelas.
Na vida, para afastar o encontro pessoal, costumamos bater panelas
também.
O filósofo Julián Marías nos falava que o homem
vive a procura do que
fazer. Esse que fazer dá o sentido a vida, que concretiza a nossa
existência à medida que vamos nos fazendo.
Quando não trabalhamos bem nosso interior, somos um
alvo fácil às artimanhas do mundo exterior.
Note as angústias das pessoas que se embrenharam no
mundo das celebridades sem um mínimo de conteúdo ou as pessoas que montam sua
vida em cima de um belo corpo ou na beleza fútil. Quando a fama passa ou o
tempo leva ao conseguido de modo fácil, muitas não têm estrutura para
suportar.
Trabalhar o interior não elimina muitas das
angústias do homem moderno, mas ajuda a perceber que, para se chegar a um local,
não existe apenas um ou dois caminhos, mas uma infinidade de
possibilidades.
- Qual a importância de se ensinar Filosofia
para crianças? Há uma necessidade de tornar a matéria mais simples
para que os alunos aprendam naturalmente? Como a Filosofia pode interferir
mais na formação da criança?
Existe um projeto de Filosofia com crianças. Creio
que podemos aproveitar as diversas fases da pessoa e tirar das características
de cada idade como melhor fazermos a reflexão filosófica. A criança tem o que a
Filosofia mais precisa: o espírito da curiosidade, saber os porquês da vida.
Assim, mais que ensinar Filosofia para criança é prolongar esse espírito crítico
que vai se apagando com o tempo.
Já com os jovens, podemos agregar o mesmo espírito
transgressor que existe na juventude e que é uma característica também da
Filosofia.
- Ainda em relação ao livro, você aborda a
questão da criação de mitos. Essa prática representa uma tentativa de explicação
da realidade, quando não
temos respostas nos
planos material e espiritual? Tem a ver com o medo de encarar um mundo assustador?
Não, a criação de mitos tem a ver com a construção
de respostas para aquilo que não conseguimos explicações científicas. Alguns
medos são frutos do desconhecido. Por isso, muitos governantes têm medo de uma
imprensa livre, não aceitam a livre expressão e não investem em educação. Manter
o povo na ignorância é a melhor arma para se manter no poder.
Minha mãe dizia que, se não arrumasse a cama, nosso
anjo da guarda não nos acompanharia durante o dia. Eu morria de medo em não ter
meu anjo do lado e, sempre, arrumava a cama ao acordar. Com o tempo, percebi que
ela apenas queria que eu arrumasse a cama e, por isso, falava em anjos. Na
prática, temos milhões de histórias e estórias que nos contaram para apenas
arrumarmos a cama e manter tudo em ordem.
- Como observa a questão da comodidade e a
dificuldade que as pessoas encontram para romper com uma zona de conforto e
partir para mudanças que
podem significar a
realização de sonhos?
A
comodidade consiste em não perguntarmos se o que estamos fazendo realmente é o
que queremos ou se as circunstâncias nos revaram a isso. Para não enfrentar essa
pergunta, vamos criando os sonhos dentro da nossa zona de conforto.
Por isso, a Filosofia provoca algumas crises
existenciais, pois, diante de pensamentos discordantes, conseguimos ver que
alguns valores que alicerçamos nossa existência são fracos.
As grandes personalidades se firmaram no tempo por
ter a coragem de romper com o estabelecido. A comodidade se dá quando caminhamos
como rebanho com um líder à frente e não temos a coragem de ser diferente e
lutar por convicções e ideais de vida.
Lembro que um professor de Filosofia me falava que
os jovens assimilam melhor o espírito filosófico, pois não tinham nada a perder.
Hoje já não acontece mais isso, o jovem já é inserido no mercado de consumo
muito cedo e tem o que perder.
Quando se atrelam bens materiais a sonhos, alguns
ideais ficam para trás. Veja o caso da UNE que aceita verbas do governo. Ela tem
o que perder se quiser manter uma postura crítica em relação ao poder
estabelecido.
- O título de seu livro Em Busca da
Transformação leva o leitor a pensar que a atitude filosófica é fundamental para que um
povo consiga evoluir a partir de questionamentos em relação aos seus governantes?
Qual a importância da Filosofia para uma formação e questionamento
político?
Essa é uma velha dicotomia da Filosofia, muda-se a
estrutura para mudar o indivíduo ou a mudança pessoal pode alterar a estrutura
estabelecida?
Quando pensei o livro, pensei no indivíduo
angustiado em ser algo que não era o que queria para manter uma aparência
social. Pensei em uma transformação pessoal.
Essa postura o faz um ser político. Quando você sai
em busca de sua identidade, você terá de enfrentar as pressões sociais. Isso
abala a estrutura sociopolítica de um país.
- O livro faz reflexões a respeito da
importância de se darem asas à loucura, termo que carrega o estigma negativo. A loucura pode
ser apontada como antítese do estabelecido? Viver com loucura é o mesmo do que
viver intensamente?
A loucura no livro é apresentada como uma reflexão
sobre a normalidade. Como falar em transformação se não refletirmos sobre o que
é normal ou não. Usei a loucura não como uma forma de viver
intensamente, mas como uma ruptura com o estabelecido. Veja no caso da moda que, às vezes, é usada como
contestação, mas pode também ser incorporada pela sociedade de
consumo.
Outro dia, observava meu sobrinho atrás de uma
roupa colorida que representava a contestação ao modo de se vestir tradicional.
O fato, porém, era que a tal roupa de contestação era de uma grife famosa e por
um preço elevado, ou seja, o que era para ser uma contestação ou um espírito
rock and
roll se tornou mais um
instrumento de consumo.
Poderia dar muitos exemplos do que nos foi passado
como normal, mas a intenção foi repensar os conceitos e ressignificar os
valores.
- Segundo seu depoimento no livro, você
desenvolveu a Teoria do Foco, devido a observações de suas próprias angústias.
Poderia explicar os conceitos dessa teoria e como chegou a ela? E por que
classificar o ser humano entre o Ser do Desejo e o Ser da Vontade?
Um dia, estava diante de um prédio e não consegui
ver a beleza do mesmo. Só quando atravessei a rua, pude contemplar toda a obra
arquitetônica dele. A distância de alguns fatos nos faz ver o mundo de outro
modo.
A teoria do foco seria a forma como encaramos os
problemas no nosso dia a dia. Como falo no livro, uma simples espinha pode se
tornar um tumor quando focamos demais.
Foi uma forma de tocar no tema do Tempo. Quando
dizemos que o tempo é o senhor de tudo, há algumas verdades nessa expressão
popular. No filme E o vento levou, a protagonista gostava de dizer – amanhã
pensarei nisso... as medidas de cabeça quente podem gerar problemas futuros sem
nenhuma necessidade.
Quanto a vontade e o desejo não foi uma
classificação, mas sim uma brincadeira em sala de aula sobre as posturas das
pessoas. As que desejam o mundo e não dão o primeiro passo e as que movidas pela
vontade enfrentam as tormentas para conseguirem seus intentos.
- O Homem precisa de heróis?
A
sociedade precisa de heróis. A mídia precisa de heróis. O poder precisa de
heróis. Os homens não.
Perceba que, em um time de futebol, pode se ter uma
equipe brilhante, porém um é destacado para receber a fama e, em seguida, esse
mesmo personagem já tem milhões de contratos de propaganda. O herói vende
mais.
A vida do herói é modelo de consumo para os
seguidores. A figura do herói no fundo apaga a identidade de
muitos.
- Como devemos nos posicionar diante das
utopias? Elas estão fora de moda ou ainda são importantes para determinar a
conduta que devemos assumir diante do futuro?
Utopia e esperança andam juntas. Consigo
distinguir, mas não consigo separá-las. Se não acreditássemos em um mundo melhor, já
estaríamos no caos. Mesmo não sendo a democracia dos nossos sonhos,
ainda nos resta o direito de sonhar por um país mais justo. Estamos em uma época que temos de fazer um esforço
incrível para ficarmos do lado do bem, e a impressão que nos passa é que tudo
favorece o mal. A sensação de que tudo está perdido, no fundo, é uma arma para
se nivelar tudo por baixo.
Voltamos ao ponto da importância da Filosofia em
denunciar os verdadeiros mutiladores da nossa esperança. Uma tarefa mais difícil
agora, pois o inimigo está oculto. Na época da Ditadura, sabíamos quem eram
nossos inimigos, hoje eles se infiltram em peles de cordeiro.
Atenção professores de Filosofia, discutam com seus
alunos quem são os inimigos modernos, rs.
- Você cita uma peça de Sartre - Entre Quatro
Paredes - que conta a história de três personagens muito diferentes que morrem
e vão para o inferno. Ao
chegarem, não encontram
nada do que imaginamos achar por lá. O castigo será a convivência entre eles por toda a
eternidade. É possível concluir, então, que o inferno é uma metáfora da convivência
humana?
O inferno é o olhar do outro. Como não existia
espelho no inferno sartreano, a minha referência era o outro. Realmente é
infernal viver pelo olhar do outro. Perceba que deixei esse capítulo pelo final e foi
proposital. A transformação se dá no momento que sabemos encarar o mundo pelo
nosso olhar. A metáfora foi usada para reforço da nossa
identidade.
É triste chegar ao fim de uma etapa e perceber que
você não viveu seu sonho, mas os sonhos de seus pais. Quando se trata de uma
faculdade ou um emprego, ainda dá para mudar, porém, quando falamos em projetos
vitais, a constatação é triste.
- Qual o seu conceito de
liberdade?
A liberdade é uma prerrogativa essencial do homem.
Não importa que ela seja absoluta ou relativa, é a luta de todo pensador
preservar a liberdade do ser humano. Angustiam-me as medidas de cerceamento de
liberdade em nome de uma sociedade melhor. Quanto mais liberdade melhor, é sinal de
amadurecimento de pensamento. Eu ser livre para fazer não significa que eu faça,
mas preciso ter a condição de fazê-lo.
No caso da liberdade de expressão, a luta deve ser
constante dos filósofos. Mesmo que não haja concordância no pensamento, o
território deve ser livre para as manifestações do pensamento.
Atente aos mecanismos que falseiam a liberdade na
nossa democracia onde se estão cerceando pensadores com medidas judiciais que,
no fundo, só servem para inibir o pensamento divergente.
- Como você vê a questão da morte, do ponto de
vista filosófico?
Como dizia Heidegger, somos um ser para a morte.
Essa noção de finitude é terrível na nossa existência. Às vezes, fingimos que a
morte não acontecerá para darmos andamentos em nossos projetos, afinal para que
ler um livro se não sei se chegarei a última página? Para que acompanhar uma
novela se não sei se verei o último capítulo? Para que plantar uma árvore que
não verei os frutos?
Esse tempo limite de vida pode ser um aliado nesse
projeto de transformação pessoal. Quando uma pessoa recebe um diagnóstico que tem
pouco tempo de vida, procura planejar seus últimos dias da forma mais variada
possível. Porém, todos nós já nascemos com o diagnóstico de vida breve, afinal
80 anos é pouco diante da eternidade. Dessa forma, se o tempo é curto nossas
ações precisam ser longas e nossas atitudes urgentes, pois o finito é
breve.
Wak Editora
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